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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

riot grrrl


Tudo começou nos Estados Unidos em meados dos anos 90. O termo surgiu quando Alison Wolfe, do Bratmobile, resolveu produzir um fanzine feminista chamado Riot Grrrl, onde se rebelava contra uns dos dogmas sagrados do mundo do rock: Garotas não sabem tocar guitarra, bateria, ou baixo tão bem quantos os homens. Devido a essa postura, várias garotas sentiam-se desencorajadas a tomar frente de uma guitarra ou qualquer outro instrumento. As riot grrrls não faziam questão de se mostrarem bonitinhas, meigas, ou bem comportadas. Como fossem vetadas pelo fato de serem mulheres, raspavam as cabeças, usavam roupas masculinas e, às vezes, até como protesto, se envolviam com outras mulheres, mostrando a eles, os homens, de que eram tão capazes e às vezes "até mais" do que eles. O movimento Riot foi popularizado por bandas de garotas como Bikini Kill e Tribe 8, que reverenciaram antecessoras roqueiras de visual e verbos agressivos: a poetisa Patti Smith e o humor cínico de Deborah Harry. Não se pode alegar que existam “líderes” no movimento “RIOT GRRRL”, já que cada garota deve fazer o que quer e defender seus pensamentos sem se “submeter” a alguma líder; contudo, algumas mulheres lograram maior destaque, tornando-se verdadeiros ícones das “Riot Grrrls”. Sem dúvida o maior destaque é a Kathleen Hanna, vocalista do Bikini Kill, banda pode ser considerada uma das pioneiras (ou a criadora) do movimento.

Nos seus shows, as garotas do Bikini Kill costumavam “mandar” os rapazes para as filas mais distantes do palco, deixando as garotas nos melhores lugares, e entregavam a estas folhas com as letras das músicas para que pudessem melhor acompanhar as canções. Kathleen costumava fazer os shows com os braços, abdômen ou costas escritos com slogans como: RAPE ("estupro") ou SLUT ("vagabunda"), enquanto uma forma de reação à violência sexual e aos comentários “machistas” que determinavam as “Garotas do Rock” ou as mais “liberais” como vagabundas. O costume de escrever os “slogans” no corpo não parou com o Bikini Kill -- até hoje várias bandas femininas se apresentam e se rebelam com o corpo riscado.

Apesar da banda Bikini Kill ter sido a principal e mais influente, a que logrou maior atenção e fama foi a de Courtney Love, a Hole, que é considerada por alguns ícone supremo do movimento, malgrado por diversas vezes Love se ter negado a participar do “tal movimento feminista”, e tendo mesmo criado uma rixa pessoal com Kathleen; um dos motivos da qual teria diso a aversão de Courtney à idéia de que sua banda fosse associada ao RIOT GRRRL -- além de não simpatizar com a “cena” de Olympia, que era tanto a do Bikini Kill quanto a do “Riot Grrrl”. É importante destacar que não só as mulheres defendem o Riot Grrrl, vários homens, inclusive rockstars já defenderam a causa feminina.